domingo, 11 de dezembro de 2011

Marciel Miranda, não o deixarei morrer


Sobre Marciel Miranda, um sábio peregrino que sabe desfrutar a vida. Aficionado por fotografia, crianças e álcool, já peregrinou desde Jerusalém até Santiago de Compostela. Gosta de caminhar pois assim pode conhecer pessoas, dar e receber delas.

"O fotógrafo é como um assassino, mas enquanto este mira pra matar, aquele mira pra não deixar morrer."
"Recorde também os momentos ruins e os erros, não os esqueça, pois assim saberá evitar-los."
"Vou te ensinar a ver, não apenas olhar. Você precisa aprender a ver, só se pode desfrutar a vida quem a vê  de verdade."

À esse homem, meu profundo agradecimento, minha sincera admiração. As luvas que aqueceram minhas mãos nessa manhã me contarão a sua história pra sempre.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

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E, de repente, eu me vejo tão dentro do meu próprio eixo, só pelo sopro divino da vida.
Me vejo de volta a mim, me vejo dentro de mim e vestida de mim.
Ai que delícia me sentir eu mesma, ai que saudade eu tinha de mim.
Nesse caminho, voltei a ser criança e percebi o tanto que queria seguir crescendo.
Sonhos gritaram dentro de mim, a esperança arregaçou as mangas, a fé não se manteve quieta um segundo.
Conheci pessoas extraordinárias nesses últimos dias, pessoas que me fizeram lembrar o poder do amor.
Me relembraram que existe uma minoria de pessoas que acredita na vida, e que tem forças pra correr atrás.
E quer deixar suas pegadas no caminho, como inspiração aos poucos que dedicaram um pouco do seu tempo à repará-las.
Viver curou-me de meus medos, desistir de ir só me fez ver a vida que me esperava de braços abertos.
Por hoje, o êxtase toma conta, e a gratidão é novamente a palavra essencial.
Obrigada Deus.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Tentar dizer o que quero


Na verdade, cansei de procurar frases de outras pessoas, ou mesmo minhas, pra tentar dizer o que sinto. Do que adianta saber? Não quero colecionar estrelinhas que ganhei todas as vezes que sabia o que sentia. Quero viver, deixar de sentir, e talvez sentir denovo. Passar de fase, olhar pra trás às vezes, e até buscar algo que deixei pelo caminho, ou só observar meus passos, mas continuar caminhando pra frente. Quero ver a vida passar com aquela sensação boa que temos quando cortamos o cabelo e escorregamos as mãos nele quando o lavamos pela primeira vez. Quero senti-la doce ao meu paladar, quero saboreá-la por vários minutos e denovo e denovo, até que me sinta satisfeita. Quero sentar na beira do fim do mundo, e respirar a vida. Encher meus pulmões dela, e só pensar nos bronquíolos, nos pulmões inflando, no tanto de vida que entra dentro de mim, e sai, e se renova, e volta. Vida, quero tocá-la com minhas mãos, quero acariciá-la, quero agarrá-la, sentir suas curvas, seus espinhos, sua textura, todos seus segredos. Quero mordê-la até sentir meus dentes se encostando uns nos outros. Quero fechar os olhos e ainda assim me sentir toda na sintonia do amor. Quero abri-los, olhar o mar, e ainda sentir o amor. Quero o amor e a vida correndo em minhas veias. Quero encontrá-los fora, e quero que se encontrem dentro.

Quero o tudo no nada, e o nada no tudo. Quero o mundo atrás do meu polegar, e quero olhar as estrelas e me sentir um grão de nada no Universo. Mas também quero sentir o Universo olhando pra mim, como se eu fosse desse tanto especial. Quero toda harmonia do correr de águas de um rio. Quero essa energia nos olhos de dois cachorros recém-nascidos brincando. Quero também pra minha vida a doçura do cheiro de leite na boca dos pequenos pentelhos. Quero viver a preguiça, e quero também viver o cansaço, a luta e o perdão. A alegria, dessa eu nem preciso falar. É como uma daquelas amigas que sabe que é querida. Daquelas com super auto-estima, que não ficam de mimimi. Ei, eu também quero você. E é a partir daqui que eu me recuso a escrever o turbilhão de pensamentos, pessoas, emoções, saudade, desapego que muita gente já o fez muito bem. Fecho o caderno, crendo ter deixado todos os pensamentos na folha de papel, pra que eu possa voltar a estudar.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eu dentro de mim

Eu vejo todos, tanta gente buscando. Os vejo correndo como em volta de si, ganhando os prêmios burros por cada volta. Cansando, parando, retrocedendo.

E de repente te vejo tão dentro do seu próprio eixo de existência. Te vejo em plena satisfação dentro de ti, refletida em calma, que incomoda, que contagia, que atrai. Com sua guitarra acústica, reflete paz através de seu suor em cada movimento, de seus olhares, de seu sorriso. Parece tão cheio, tão completo, tão vazio de entraves.

E eu tão incapaz, penso em querer-te. E preciso querer-me mais. Querer pra mim o que você tem, sem querer-te para mim.

Olhando-te essa noite posso ter um êxtase de satisfação de mim mesma. Que bem me faz essas segundas-feiras.

Par em luz

A lua está para iluminar a noite. Ela é apaixonada pelo dia, e é pelo astro do dia que se enche de luz. Às vezes, ela não pode ficar longe, e também gosta de estar iluminando o dia a seu lado, mesmo que em menor proporção. Mas como ela fica linda no céu durante o dia. Faz com que o Astro Maior seja ainda mais querido.


Os dois têm chamados diferentes, mas necessitam um do outro. Mesmo o Sol precisa da Lua, pois não pode iluminar a noite, deixa essa missão para sua amada, sabendo que ela o faz muito bem, fazendo bom uso de sua luz. Vez ou outra, a Lua precisa se esconder, descansar e se fortalecer. O Sol não, mas que lindo o respeito que Astro tem pelo tempo da dama.


Que exemplo de relacionamento! E como me lembra eu e você. Você só tinha que entender que eu sou sensível ao dia, e, tendo minha própria missão, não poderia estar todo o tempo ao seu lado. Ainda assim, criei outros sóis, aumentei seu campo de baile e de luz. Te fui amiga, te fui querida, te fui dor, e me fui também.


O dia precisa de você, mais que você de mim. Eu preciso ficar longe por um tempo. Eu não volto ao mesmo lugar, volto com minha luz renovada, minha estrutura refeita, minha cabeça livre... e a partir daí só o amor saberá. Os sonhos nos levarão, e a vida há de abrir os caminhos. Longe ou perto, sem dúvida perfeito. Que a esperança não morra, que as lutas não dessensibilizem, que o amor prevaleça, que eu siga aprendendo, VIVENDO E APRENDENDO.   

domingo, 6 de novembro de 2011

Pólos


Sou tudo e sou nada :)
Sou pudim e marmelada
Sou cheia e vazia
Sou mãe e sou cria
Aprendiz e professora
Carente e cuidadora
Sou metade do que sinto
Porque o resto não posso expressar...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tem que caminhar



Eu nunca pensei que teria que ouvir canções e frases sobre não deixar de acreditar no amor. Eu jamais imaginei que minha mãe seguraria forte minha mão e me pediria para não desistir do amor.
Ultimamente venho tropeçando e me levantando, esperando que o próximo dia me traga um pouco de esperança, que me faça crer.
A fé se esvaiu em meus sonhos, a fé na vida não tem o mesmo encantamento.
Vivo fazendo coisas que me relembram a fé, vivo repetindo as atitudes que ela tinha em mim.
Mas as atitudes não geram mais efeitos.
Vivo apenas pelo fato de que sei que não está tão longe.
E que, um dia, me surpreenderá.
Pode ser que isso pareça fé, mas é só o último suspiro da minha alma gritando por amor.
Amor que não vejo, amor que não sinto, amor que não sei mais como demonstrar.
Talvez seja o preço que se pague por não saber lidar com o muito que se quer.
Quando se quer muito, requer-se saber vivê-lo.
Mas disso eu não fui advertida.
Não soube lidar com o tudo que tinha e traí minhas convicções. Traí meus sonhos e amigos, traí meu próprio coração, pois não o segui.
Me deixei ser sugada e cuspida pela pressão de muitos, ao invés de olhar pra frente.
E cá estou, me resta tudo o que queria viver, mas hoje sem o coração que queria.
Me resta apenas olhar tudo isso pela janela, e não poder provar de verdade, porque me falta a totalidade de mim.
Insalubre, pequena, inútil, assim me sinto.
Tão pequena, como um grão, que está plantado e morto, e acalentado dentro da terra.
Esperando germinar.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011



“Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar, mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar às aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.”

(Fabrício Capinejar)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Hope


Que flor mais tosca, que flor mais doce, que flor mais forte... que raiva, que medo, que loucura...
Essa flor de nome esperança insiste em nascer nos solos menos propícios, insiste em renascer e renascer quantas vezes for preciso.
Você pisa, lança veneno, corta pela raíz... ela resiste, e nasce denovo, linda e bela!
E quantas vezes quis que ela morresse pra sempre.
Quantas vezes me fez bem seu renascer, como me abala, me assusta, me irrita, me enche do seu perfume.
Que coisa mais indescritível é essa esperança.
Poucas palavras, pra que ninguém se canse tentando entender algo que não foi feito pra isso.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Três coisas do coração

Três coisas que fazem transbordar o meu coração: pai, o amor de Deus em detalhes, e o circo.

Tudo que é relacionado a pai: filmes, homenagens, músicas... me emocionam e me fazem chorar como um bebê.

O amor de Deus nos detalhes que me surpreendem, nas tantas experiências simples que eu tive, que mostram que O AMOR NUNCA FALHA. Não tem nem explicação.

O circo me contagia, como se eu tivesse nascido ali, como se fosse feita praquilo. Meu coração bate a mil, e a emoção transborda pelos olhos.

Nenhuma dessas dá pra segurar!

sábado, 3 de setembro de 2011

As páginas amarelas da minha alma


Nas páginas amareladas da minha vida, aquelas que estão velhas e apenas quase mortas, guardo memórias de outros dias, dessas e de outras pessoas, dos amores principalmente, das experiências que as páginas não me deixam esquecer, e por isso se tornam inesquecíveis. Digo isso porque eu me esqueço, a saudade não. Leio e releio trechos dos meus sentimentos e das minhas convicções. Leio vozes ao meu ouvido, me enchendo de valor. Vezes de um valor que se acaba, vezes de um valor que vem do próprio Deus. Reencontro amigos e me reencontro redundantemente comigo mesma.

Leio cheiros e sensações. Leio tantas lágrimas, que elas retornam à minha face como se fosse mágica. Me permito percorrer o sentimento de cada linha, revivê-los e deixá-los mexerem comigo. A nostalgia faz transbordar mares de palpitações e apertos no meu coração. Me faz lembrar o quanto quero bem tantas pessoas, o quanto elas parecem fazer parte de mim, o quanto, mesmo que não me lembre sempre, são importantes pra mim.

Essa atividade de reviver através da leitura faz com que o amor dentro de mim, de alguma forma, borbulhe, cresça em tamanho, profundidade, altura, me faça alcançar o céu em minutos e querer compartilhar toda essa alegria em abraços, em ligações, em cartas, em orações. Faz com que eu me aproxime do divino, do incondicional, do eterno e do infinito. Me faz tão bem e me põe bem no meio do meu próprio caminho, me lembrando o quanto já percorri, e que ainda não é o fim. Ainda não é o fim.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Deixá-lo ir


Eu gostaria de entender o meu coração.
Gostaria de deixá-lo ir, de me permitir, mas sou arrebatada pelo meu desejo.
Meus desejos tão contrários à minha razão.
Tudo isso me assusta, me assusta esse contentamento descontente.
Queria que fosse feliz, queria praticar o tal do desapego.
Meu coração aperta com sua presença tão inusitada.
Aquieta-se e por vezes chora com sua ausência, mas descansa.
É sua presença que o machuca, pois talvez não foste feito pra você. 
Ou por se perceber tão seu.
Por muitas vezes ele se percebe seu, por muitas vezes se trai.
É traiçoeiro, mas em todo o tempo deseja o ver feliz.
Mesmo que não estejas por perto.
Oh coração tão bom, oh desejo tão maluco.
Que o certo disso tudo me leve ao centro do mundo, ao miolo de minha história.
Que um dia tudo isso passe, e que possa descansar no fortinho do seu peito.
Sem pensar no ontem, sem imaginar o amanhã.
Descanso agora, e o deixo ir.
Viva tudo, sinta a fragrância do mundo, e volte se o coração não deixar passar.
Volte pra que outra parte dessa história se inicie, e possamos deixar pra trás tudo o que já se foi.
Já se foi. 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A nudez e suas nuances


Em Mateus 25:36 está escrito: "estava nu, e me vestistes; (...)" Este versículo está no contexto em que Jesus fala sobre como vai julgar os seus no seu retorno. Aqueles que foram cristãos, em todos os sentidos do termo, completaram sua missão, e seguiram o exemplo de Cristo; ou aqueles que optaram por um evangelho do consumo e da satisfação, cômodo e hipócrita, ficando na posição dos fariseus, ao se julgarem corretos e assim, apontarem o dedo para todos os outros diferentes.

Quero voltar à uma passagem bem mais antiga, em Gênesis 2:25, onde diz: "Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam." Nessa passagem, a nudez de Adão e Eva tem um sentido de vida pura, sem culpa, em perfeita harmonia com a vontade de Deus. Mas, como consequência do pecado, a nudez se tornou expressão de vergonha. Assim podemos ver em Gênesis 3:10, que diz assim: "Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi." A nudez de Adão, nesse texto, representa a vergonha diante do pecado. A vergonha do pecado diante da presença do Deus Altíssimo. Adão pecou, e porque pecou, se envergonhou diante de Deus. Percebeu que estava nu, não teve coragem de se apresentar puro e com a consciência limpa diante de Deus. Até aqui tudo bem, situação com a qual todos estamos familiarizados.

O que eu quero chamar atenção é para a atitude de Deus diante da nudez do primeiro homem e da primeira mulher. Em Gênesis 3:21 diz: "Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu." Não quero simplificar erroneamente a afirmação. Sim, o pecado deles teve consequências, que são lidas um pouco mais acima no mesmo texto. Consequências que foram ditadas por DEUS, e não por homens que se julgam juízes. Mas após falar das consequências, a atitude de Deus é uma atitude de misericórdia, de amor para com seus filhos. Ele os encobre de sua nudez, tira fora sua vergonha e os consola, dando uma nova oportunidade de se apresentarem diante Dele limpos de coração e puros de mãos. Deus os cobre, que isso fique bem claro.

Agora eu pergunto: O que fazemos quando um homem peca? Julgamos, excluímos, apontamos os nossos dedões melados de merda. Fazemos com que sua vergonha aumente ainda mais, e sua chance de se apresentar puro e com a consciência limpa diante de Deus diminua ainda mais. Fazemos com que ele se afaste, e com que sua nudez seja vista. Apontamos luzes para que os outros possam focar melhor sua nudez e seu pecado. Assim, o afastamos de Deus e do arrependimento.

Voltando ao início deste texto, relembramos que a ordem de Deus é para que quando encontrássemos alguém nu, o vestíssemos. E que, à cada vez que fizéssemos isso com um dos Seus pequeninos, estaríamos fazendo a Ele. Fica a pergunta: Quantas vezes nós jogamos Jesus ao escárnio, apontando suas vergonhas, empurrando-O com nossos dedos sujos e nossa língua nojenta, direta e novamente para a cruz? Que, ao voltar, Jesus possa encontrar em cada um de nós, os filhos que seguiram seu exemplo de amor e misericórdia.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

E se eu fosse falar o que tenho pensado, o que tem passado na minha cabeça?
Tanta, tanta coisa, tantas pessoas, tantas mágoas, tantas idéias, tanta dúvida, tanto medo, tanta saudade, tantos amores...
Minha vida como um filme em meus pensamentos, e vejo que já não sou mais a mesma.
Eu olho para o céu, e oro pra Deus, e Ele não parece longe, mas algo nos separa.
Ainda assim, eu sinto que nunca estive tão perto, e o vejo através da transparência do que nos separa.
E se é transparente como pode ser mal? Como pode causar divisão?
É como um amor, no qual as lembranças e sonhos fazem tão bem, fazem parecer tão perto, mas está longe.
É um amor solitário. Mas é um amor.
'Eu vejo um horizonte trêmulo', eu vejo o futuro, me vejo nos devaneios.
Eu me perco e me encontro, eu encontro a cura no abraço dos amigos.
Eu vejo a cura na confusão da minha família.
Eu sinto a cura no descanso, na despreocupação.
E sigo mudando, só não paro. É tudo o que tenho por certo.
Eu estou feliz, tenho um vazio e sei como preenchê-lo.
Não paro de procurá-LO, é o que tenho por certo.
É o que tenho de porto seguro, de refúgio, de aconchego.
E por tudo isso agradeço. Fim

sábado, 16 de julho de 2011

Devaneios entre estudos

Eu sigo com vontade, e sigo com verdade
Eu sigo com vontade da verdade
Sigo sozinha,  e sigo rodeada de amigos
Trago eles pra minha estrada, e conheço a estrada de cada um deles
Eu me permito aprender com eles, e talvez ir mudando quem sou
Ainda que tenham coisas que não quero perder ainda
Me permito tropeçar, e adoro a sensação de me levantar
Adoro conhecer e provocar um novo sorriso
Adoro quando meu dia é cheio de sinais, sinais de vida
Motoqueiros carregando caixas grandes, o Sol se pondo atrás de uma grande nuvem
Adoro o que o ar de uma pedalada pode proporcionar
Gosto do medo e da vontade ao mesmo tempo
Gosto de perder tempo, e de dar tempo a ele
Gosto especialmente de perder tempo comigo
O nascer me encanta, mas nem sempre consigo acompanhá-lo
A morte se torna amiga quando se está mais próximo dela
Encontros e desencontros me fascinam
Saudades, nostalgias, lembranças, fotografias
Me causam alegria, mas não tem mesmo a capacidade de me fazer voltar
Podem apenas mudar o que já é
Adoro as peculiaridades de cada pessoa, seus disfarces, duas dores, o que lhes causa alegria
Particularmente, me apaixono pelas esquizitices, que fazem minha vida ficar mais doce
Adoro abraçar quem precisa do meu abraço, e minha mãe e meu pai
Mais apreço tem aquele que me dá um abraço quando também preciso
Mais um dos meus devaneios que um dia serão publicados
Ah, acho minha vida tão apaixonante quanto um filme que gosto!


Luma Strobel de Freitas

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Changes - Seu Jorge


Não vou lamentar, o que passou passou
Eu vou embora, meu tempo acabou
Tenho muita coisa para descobrir
Eu sinto muito mas tenho que ir
Vou indo porque nada mais me prende aqui
É o final do show
E não fique magoado porque vou partir
É só o jeito que eu sou

Changes lá vem meu trêm
Vem meu trêm
To saindo fora e agora eu vou me dar bem
Changes lá vem meu trêm
Vem meu trêm
Sei que tá na hora e eu vou me dar bem
Sempre em frente, nunca pra trás

Não é por nada não mas vou me divertir
Enquanto a vida assim permitir
Só procurar, fazer amigos do bem se precisar, ajudar também
E agora a liberdade e o horizonte
Só voce não sacou
Nova york, ipanema ou Hong Kong
É Por ai que eu tô

Changes lá vem meu trêm
Vem meu trêm
Tô saindo fora porque eu sei que vou me dar bem
Changes lá vem meu trêm
Vem meu trêm
Sei que tá na hora e eu vou me dar bem
Sempre em frente, nunca pra trás

Livre eu me sinto, sublime
Gente mais gente
O mar e o céu azul

Changes lá vem meu trêm
Vem meu trêm
Tô saindo fora e eu sei que vou me dar bem
Changes lá vem meu trêm
Vem meu trêm
Tô saindo fora e eu sei que vou me dar bem
Sempre em frente, nunca pra trás
Sempre em frente, nunca pra trás

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Em defesa da família

Hoje mesmo, lendo um texto a respeito de técnicas psicoterápicas existencialistas, me pus a pensar sobre uma afirmação contida nesse texto. Após explicar detalhadamente as características de vários tipo de intervenções clínicas e linhas de pensamento, conclui-se alguns pontos, e, entre eles, que as psicoterapias devem ser contextualizadas. Concordo. Mais a frente diz que deve ser contextualizada aos novos valores da sociedade (Claro!), e um deles é o fato de que a família não é mais uma peça fundamental básica - propagadora de valores - da sociedade. Não poderia ler esse texto em momento tão oportuno!

Onde foi parar a família? Por que não funciona mais? Se raciocinarmos um pouco, veremos que não há mais fontes de valores na pós-modernidade. Cada sujeito tem seus conceitos a respeito de tudo, e moral se tornou algo, no mínimo, obsoleto. Se a família morre, devemos recordar que a escola, mesmo que não seja assim na teoria, na prática não tem o objetivo de educar moralmente; e a igreja é um lugar onde pessoas que já tem princípios e valores se reúnem. É claro que não deveria ser assim. Mas, infelizmente, como igreja e como escola, historicamente, temos dificuldade de pôr em prática conceitos teóricos. E assim está acontecendo com a família. Vejo pessoas que leem à beça, passam horas aprendendo sobre como criar seus filhos e sobre como seus cônjuges pensam, mas, no confronto com a realidade, escolhem agir com total egoísmo, esmagando toda teoria. Afinal, punir é mais fácil e rápido do que ensinar, como já havia aprendido nas aulas de comportamentalismo.

No entanto, precisamos despertar como família, precisamos nos responsabilizar de nossos papéis como mães, pais, filhos, irmãos, etc. É PRECISO EDUCAR! Já dizia uma música de composição de Arnaldo Antunes, com Marcelo Fromer e Sérgio Brito: "a gente não quer só comida | a gente quer comida, diversão e arte. | a gente não quer só comida, | a gente quer saída para qualquer parte." É preciso educar, investir, orientar, não apenas colocar comida na mesa. Não é utopia! Ninguém é capaz de mudar o passado, mas pode aceitá-lo, e mudar o presente, pra que o futuro seja melhor. Assim também podemos fazer com os valores. Não há famílias burguesas mais bonitas, onde é mais fácil se falar disso. Todos são capazes de mudar, pelo menos, o que pensam, e deixar uma herança positiva para as próximas gerações.

Mesmo que negativamente, a família ainda é sim base da sociedade. E precisamos investir nela, precisamos levantar sua bandeira, e defendê-la com unhas e dentes. Os combates emergenciais ao uso do crack, à pedofilia, à destruição ambiental etc. são válidos. Mas não mudarão o futuro. Devemos nos voltar para a raiz dos problemas, e também das soluções: a família. É nela que se aprendem valores e princípios que darão um novo futuro ao mundo. É a família a esperança de um futuro melhor. Erga você também essa bandeira de defesa da família!

Luma Strobel de Freitas

Acaso


Eu me pergunto até quando?
E me pergunto de que me adianta perguntar.
Se eu vou esperar, mesmo que nunca venha a acontecer.
Afinal, a certeza não se faz do que se vê.
A certeza nasce do coração, nasce das palavras ("Eu nunca vou desistir de você").
Assinamos decretos quando proferimos palavras, e é assim que deve ser, as palavras devem ter valor.
Elas não podem ser simplesmente ditas ao vento, no calor do momento.
Pessoas especiais, que não se importam em ser iguais, ou mesmo normais, fazem das palavras sua casa, seu navio, e seu chuveiro, onde vão se banhar.
Palavras tem o poder de levar longe, e trazer de volta.
Acho mesmo que essas palavras tem tanta vida, porque estão entupidas de amor.
Eu me acabo de amar, eu me entrego à minha dor, e sou feliz.
Preferiria mil vezes amar, na certeza de um amanhã cego, a estar só.
Se meu destino é caminhar sozinho, caminho até encontrar-me com os teus passos no chão.
E a vontade, o desejo, e a velocidade das batidas do coração, mesmo que seja apenas isso, já valeu, já valeu apena.


Boa noite.

domingo, 19 de junho de 2011

João de Barro - Maria Gadú


O meu desafio é andar sozinho
Esperar no tempo os nossos destinos
Não olhar pra trás, esperar a paz
O que me traz
A ausência do seu olhar

Traz nas asas um novo dia
Me ensina a caminhar
Mesmo eu sendo menino aprendi

Oh meu Deus me traz de volta essa menina
Porque tudo que eu tenho é o seu amor
João de Barro eu te entendo agora
Por favor me ensine como guardar meu amor


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Você sem ele


Antes dele, você era você. E de repente, você decidiu dividir o seu brilho, e limitá-lo a outro alguém. Isso não é necessário. É preciso viver a sua vida, ouviu, a SUA vida.
Amar não é se esconder, amar não precisa ser como nas músicas, como nos contos.
Só se ama quem se ama. Só consegue amar aquele que não se exige isso, e aquele que não esquece de si mesmo.
Não perca seus sonhos, sua fé, seu tempo e sua esperança por qualquer coisa que tenha nascido em você depois de seu próprio motivo de existir.
Não se perca, não vá tão longe que não saiba voltar. E não marque o caminho, pois dessa forma ele será sempre novo, e poderá sentir o frio na barriga como da primeira vez.
Compartilhar é lindo, mas deve ser feito como num abraço. Nenhuma das partes perde, ambos ganham o calor, o envolvimento e a emoção. Outra vez, peço, não se perca a ponto de não saber voltar. Não vale a pena. Pois quando existir amor, e quando o quando for divino, você será consciente de cada passo que der, criando seu novo mundo, um mundo duplo, compartilhado, e por isso mais rico.
Compartilhar não é perder. Nunca deixe sua paz depender de coisas concretas, e sentimentos são concretos. Sentimentos arrebatam e arrebentam, e algumas vezes mudam a estrutura de alguém. Mas são perigosos. Use-os com alguma dose de razão.
Enfim, esqueça tudo o que falei. Se seguir regras, nunca será verdadeiro. Descubra você mesmo. 

2. Quando eu acordar, me satisfarei com a Tua semelhança!


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Luis Fernando Veríssimo)





Ontem terminou bem, com um futebolzinho cas meninas. E hoje as aulas foram tranquilas, teve pesquisa na brinquedoteca a tarde, superei um desafio, o que é sempre bom! E agora vou ver o eclipse lá no aeroporto ;) Beijos.

terça-feira, 14 de junho de 2011

1. LIVE and LET LIVE


Domingo foi um dia um tanto diferente. Eu e minha mãe fomos pra um almoço de bodas de prata na fazenda, a comida tava ótima, as conversas divertidas, e é muito bom fazer qualquer coisa do lado da minha mãe. Outra coisa bacana foi um sentimento inédito. Eu passei o dia contando as horas de vontade de ir à igreja. Acreditam? Foi uma sensação muito doida. À noite fui no culto, e o pastor nos desafiou a ler Isaías, e, portanto, comecei hoje. Teve ceia no culto. Caramba, como eu amo cear! O sentimento de fazer parte do corpo de Cristo é inigualável. Conversei um pouco com o pessoal e vim pra casa. Daí a Jake e o Rodriguinho me pegaram e fomos fazer uma surpresa pra dona Rosicléia. Nem conto os presentes que eles ganharam. Foi super divertido. Depois voltei pra tentar fazer o meu trabalho de Processos Grupais, e, sem conseguir me concentrar de forma nenhuma, pedi as respostas pra uma colega :X 


Na segunda, peguei o ônibus às 08:15hs e cheguei em Cuiabá na hora do almoço. Comi na casa da Dani, irmã do Juninho. Eu aproveitei  gordinho do Davi, e até comi bolo de aniversário. Fui pra UFMT na reunião sobre o Intercâmbio, disfarcei as dores de cabeça. Apesar da complicação dos documentos e tal, foi ótimo conhecer gente nova e me animei pra caramba. Caminhei um bocado, peguei um ônibus coletivo até a rodoviária, comprei minha passagem, sentei, abracei minha mochila e dormi encima dela. Entrei no ônibus, fui enganada por um idiota e cheguei em Rondonópolis às 23:00hs. Mamãe me pegou, eu comi e  fui dormir.


Hoje foi o dia da verdade na interpretação do H.T.P. Dormi no almoço, e a aula a tarde também foi tranquila. Quando cheguei em casa, a atividade criativa depois de Isaías 1, 2 e 3, foi essa aí. Fiquem com Deus! Vou lá morrer dando 8 voltas de caminhada no cais com meu pai.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Eu te desafio a se mexer



Switchfoot - Dare You To Move (tradução) 


Bem-vindo ao Planeta 
Bem-vindo à existência 
Todo mundo está aqui 
Todo mundo está aqui 
Todo mundo está te olhando agora 
Todo mundo está te esperando agora 
O que acontece depois? 
O que acontece depois? 

Eu te desafio a se mexer 
Eu te desafio a se mexer 
Eu te desafio a se levantar do chão 
Eu te desafio a se mexer 
Como se o 'hoje' nunca tivesse acontecido 
O 'hoje' nunca aconteceu antes 

Bem-vinda ao 'efeito colateral' 
Bem-vinda à resistência 
Redencao está aqui 
Redencao está aqui 
Entre quem você é e quem poderia ser 
Entre como isso é e como deveria ser 

Talvez a redenção tenha histórias pra contar 
Talvez o perdão está onde você caiu 
Pra onde você pode escapar de você mesmo? 
Pra onde você vai? 
Pra onde você vai? 
Salvação está aqui

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Awake my Soul - Mumford & Sons




Acorde Minha Alma

Como o meu coração inconstante e
Como meus olhos atordoados
Eu me esforço para encontrar qualquer
Verdade em suas mentiras

E agora meu coração tropeça
Em coisas que eu não conheço
Eu sinto a minha fraqueza
Devo finalmente mostrar

Empresta-me sua mão e
Nós vamos vencê-los todos
Mas me emprestar o seu coração
E eu só vou deixar você cair

Empreste-me seus olhos
Eu posso mudar o que você vê
Mas você precisa manter sua alma
Totalmente livre

Har har, har har, har har, har har

Acorde minha alma [2x]

Como o meu coração inconstante e
Como meus olhos atordoados
Eu me esforço para encontrar qualquer
Verdade em suas mentiras

E agora meu coração tropeça
Em coisas que eu não conheço
Eu sinto a minha fraqueza
Devo finalmente mostrar

Har har, har har, har har, har har

Nesses corpos nós viveremos
Nesses corpos nós morreremos
Onde você investe seu amor,
Você investe sua vida
[2x]

Acorde minha alma [3x]
Pois você foi feito para satisfazer o seu criador

Acorde minha alma [3x]
Pois você foi feito para satisfazer o seu criador
Você foi feito para satisfazer o seu criador

Fluxo



Está na hora de caminhar outras jornadas
De planejar, de colocar os pés no chão, parar
Se deixar levar pelo vento talvez não seja sábio, não é sábio
E colher flores pelo caminho talvez traga espinhos para junto de mim

Sobreviver não é viver, e destino não é futuro
E talvez eu te amo seja menos perigoso e mais verdadeiro que pra sempre
Não preciso de uma dose, não preciso de coisas novas
Preciso de mim, e que venha a mim eu mesma
Estou preparada.

sábado, 28 de maio de 2011

Uma música pra mim


Retrovisor - André Agostini

Eu vi milhões de pessoas tentando fugir
Daquilo que creem então me escondi
Atrás de um vício ou algo tão igual
Eu tentei, fingir que não tava fugindo também
E usei os conceitos que eu mesmo criei
Pra aliviar a consciência
Pra me sentir melhor
Band-aid na hemorragia
Pra me sentir melhor
Pra enganar minha dor
Eu vi no espelho do carro o carro de trás
E uma das coisas que não deixa ninguém em paz
É um passado mal resolvido
E olhar pra frente é manter-se vivo
E eu vi meus conceitos tão grandes caírem
Quando eu descobri
Que tudo que eu sei é que eu nada sei sobre mim
Tô apredendo a viver
E devagarinho aprendendo a morrer
Pras coisa que me matavam aos poucos
Band-aid na hemorragia
Pra me sentir melhor
Band-aid na hemorragia.

As músicas desse cara tem retratado EXATAMENTE coisas que acontecem comigo. Recomendo! Ou não.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Êxtase

Agora descanse, deite sua cabeça em meu colo e se permita dormir segura de que estou cuidando de você. Feche os olhos, princesa, feche os olhos, que a vida não vai fujir durante seus sonhos. Feche os olhos e sonhe com a liberdade, abra os braços e flutue, faça piruetas, sinta o cheiro do meu jardim, vá pra longe e volte...
Você é tão bela, querida minha, teus olhos arrependidos, teus olhos tão pequeninos e com medo me seduzem, atraem o meu coração. Seu jeito de chorar se olhando no espelho me faz querer te abraçar e te arrebatar pra eternidade. Eu sei que você me ama, e sei que suas palavras são sinceras. E como sinto falta delas, às vezes.
Quantas vezes te vi sentindo-se só, e quis invadir teu desespero, teu silêncio, mas preferi respeitar-te, pois o sofrimento é parte de quem você é também. É grande parte de quem eu sou.
Busque em si mesma parte de mim, busque-me em seus sonhos, busque-me em seus medos e também no que cria. Em tudo o que és, estou. Estou eu, guardando seu coração, permitindo ao mundo ser um pouco mais sóbrio e mais leve com o teu pesar.
Agora descanse, amada minha. Quando se sentir forte pra abrir os olhos, abra-os e olhe para mim, tenho um mundo inteiro a te apresentar. Tenho voôs e superações, vales, desertos, e vistas magníficas das montanhas. Tenho todo o horizonte... mesmo que ele mesmo não me tenha. Ele tenta, o horizonte engana os apaixonados. Na verdade, ele é a minha criação mais finita. Infinito mesmo é o amor. Infinito mesmo é esse momento, em que posso passar os meus braços em volta do seu corpo cansado.
Infinitas são minhas chances de perdoar. Bela, querida, seja bela para o mundo, mas não se entregue a ele. Não deixe que ele te tenha, que te seduza, que te envolva em suas palavras. Não deixe que te faça mais uma, é só com isso que me preocupo. Me preocupo com pessoas tão especiais que desfalecem no comum. Você não é assim. Você é minha! Você é só minha! E eu sou egoísta e tenho ciúmes de você. Pois o seu corpo, desenhado por minhas mãos, sua paz, sua beleza, teu cheiro... são meus! Criação, criatura, criador.

Venha, amado meu, e me tome pra si por inteira. Seja dono dos meus sonhos, seja dono da minha paz, tenha a posse dos meus pensamentos, e até da minha esquiva. Você me deixa livre e eu não tiro os olhos de você, mesmo podendo ir pra longe, eu prefiro o seu cuidado. Venha, amado meu, conheça o meu mundo, ande por entre tudo isso que veio mesmo de você. Quero te mostrar que é importante pra mim, quero dizer o quanto te desejo. Quero não te perder, mas não posso te aprisionar. E como numa corda bamba, eu tento não tirar os olhos de você. Eu vou ser bela, e me perfumar com as mais envolventes fragrâncias, e caminhar por entre o seu jardim, ouvindo os risos de suas crianças, fazendo-as tilintar de diversão. Eu quero ser uma delas, e quero ser mãe delas. Quero você pra mim, e quero eu pra você. Quero te encontrar em casa, quero te dar um beijo e te dizer o quanto sinto saudades. Obrigada, amado meu, obrigada pelo seu amor. Me envolva com suas teias de puro mistério e nunca mais me deixe sair daqui... eu posso sentir o Seu cheiro.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Questionar


Questionar...

Questionar têm sido um dos meus hobbies preferidos desde que entrei na faculdade.
Aprendi a entender que há muitas outras formas de pensar, e muitas outras "verdades", e que fazem cada pessoa única na sua forma de ser.
Aprendi que nem tudo é como nos ensinaram, e que não devo engolir as coisas simplesmente. Se sou humana, o que me diferencia dos outros animais é justamente a minha capacidade de pensar. E se posso pensar, ah, como vou usar isso a meu favor!
Tenho aprendido a sair da passividade para a qual o sistema nos leva, tenho aprendido a ser crítica (e como!) e a ser eu, simplesmente ser eu! Aceitar limites, e aprender a ser ilimitada. Tenho aprendido a aprender diretamente com o Pai, e a entender que Ele também usa pessoas pra isso. E como é bom poder confiar e alguém, fazer parte de uma família.
Tá certo que tive que viver alguns extremos até chegar onde estou, mas o importante é que não parei de caminhar! Uma das coisas que mais gosto em um exemplo de homem com quem já me espetei muitas vezes, é que não há nada de mal em mostrar nossa humanidade, em arriscar, em crescer junto com seus discípulos, em rever conceitos, em confessar que errou.
Não há nada mais gratificante do que ver alguém crescendo. Ainda mais quando começou a aprender a andar com você! Como faz bem pro ego, e como precisamos vigiar pra não tomar a glória disso. Talvez seja o grande motivo pelo qual eu queira tanto ter um filho.

Enfim, eu vim falar sobre QUESTIONAR. Questionar e desconstruir é massa! Mas é inútil se te deixar no vácuo, sem ter onde firmar os pés. Derrubar um edifício ocioso é bacana, mas é inútil e perigoso se você não começar a construir a casa desejada em seu lugar.
Não faça mau uso de sua capacidade pensante!

O post era pra ser sobre uma indignação comentada em sala de aula sobre a "modinha" de se questionar sexualidade... mas taí o que saiu... deixa pra próxima ;)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Amor-próprio

Como posso amar alguém se não amo a mim mesma?
Como perdoar se não me permito ser perdoada?
Amor-próprio é decisão! A falta dele é o mal do século...

terça-feira, 10 de maio de 2011

A dois passos de São Paulo

Primeiro que eu nem acreditava mais que eu ia, na minha cabeça ia ser mais umas das vontades malucas que ficam só na vontade. Mas quando eu comprei a passagem pra SP foi que eu caí na real: "Ô loko, eu vô mesmo pra sampa, num festival de música?!!" E encontrei uma filha mais maluca que eu, que, de um dia pro outro, também resolveu ir. Fomos nós, com a expectativa de um Rock in Rio Gospel. As presepadas já começaram no ônibus, que resolveu deixar a gente em uma parada enquanto escovávamos os dentes. Se não fosse a minha paranóia, a gente nem havia entrado com a boca cheia de pasta, e teria realmente melado nossa viagem. Com isso, fizemos um amigo engraçadinho que resolveu rir da nossa cara. Marteen. Um filho de holandeses que mora em Maracaju-MS, na lavoura dos pais dele. Já vendeu sanduíche na rodoviária, já foi nadador, ciclista, cheff de cozinha, fala holandês e português, já morou na Holanda e rodeou ela de bicicleta junto com o irmão, e hoje trabalha na lavoura, faz acupuntura em SP, onde mora sua mãe, e está à espera das maratonas holandesas, em maio, para as quais nos convidamos (é, nos convidamos, eu e a Gih). Ah, só pra constar, o garoto tem apenas 21 anos, o que me faz querer GRITAAAAAAAAAAAAAAAAAR. Mas vamos continuar a história.

Chegando em SP Marteen nos ajudou a pegar o metrô, que por sinal, andava muito perto das paredes, e por isso eu fiquei com uma puta duma dor de cabeça já no primeiro dia. Chegando na estação Belém, pegamos um táxi, andamos duas quadras (¬¬) e chegamos no apartamento da Hellen Favaro, a mais maluca da história. Sua mãe estava nos esperando, e logo ela mesma chegou. Tomamos banho, nos aprontamos, com expectativas a mil, comemos um sanduíche e depois de horas esperando a Hellen escolher seu casaco (fato! kkk), partimos para o LOVE FESTIVAL 2011! Eu nunca rachei tanto de rir quanto quando eu vi aquele galpão (Clube Sattva), e aquelas 300 pessoas. Não, não me frustrei, mas foi hilário as pessoas nos perguntando: "Vocês viajaram 24hs SÓ pra o evento?" Sim, valeu muito a pena! Tivemos que tomar um energético e depois entramos. Procurei, mas não reconheci nenhuma das pessoas que combinei na internet de nos encontrarmos lá. O evento foi oficialmente aberto pelo Marco Faria, que agitou o pessoal com sua poesia que expressava paixão e simplicidade, me fazendo lembrar muito das aulas do Lauré na ETED em 2008, e todas as sensações boas que seguem essas lembranças tão de perto. Seguido pelo Téco Martins, que me fez dançar country e cantar "A lua ilumina a chapa, shalalalala", rindo muito. Até onde eu saiba ele foi o único cara que tocou que não era cristão, e, por incrível que pareça, a frase que marcou o festival foi justamente dita por ele: "Enquanto você odiar alguém, você não é livre", citada no dia posterior pelo Marcos Botelho. Depois do cara engraçado, de estilo peculiar, tocou Danni Distler, um cara que por pouco não conheci em São Luís do Maranhão no último KK, e que, além de um som de qualidade e um talento incrível, rasgou o verbo e me fez sentir a liberdade na dimensão do céu. Cantei "o amor é importante porra" de boca cheia, diferente da forma como escrevo agora. Ainda depois dele tocaram os integrantes da banda Tanlan, gaúchos que tinham um som muito bom, que me surpreenderam com "I gotta felling" e "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã", mas como é fato, um show nunca é tão legal quando não se sabe as letras pra cantar junto. E, pra fechar com chave de ouro, as letras inspiradas pelo Papai e a melodia suave e "cantante" (aquelas que dá vontade de cantar) do Palavrantiga. Como era de se esperar de alguém tão estabanada, liguei pra uma grande amiga quando sua música preferida começou a tocar e a deixei ouvindo "Eu sou casa, lugar de Deus..." por um tempinho. Somente no outro dia descobri que havia acordado sua mãe à 1:30h da manhã com um barulhão daqueles no ouvido. Enfim, eu nunca imaginava que a mãe dela era quem iria atender o telefone. Acontece nas melhores famílias. Ah, depois do Danni Distler estávamos tão cansadas e com fome que sentamos junto com o Evandro e curtimos o show de trás do palco mesmo. Afinal, 24hs não são 24 minutos. E mesmo assim, saímos pra comer no bar do frango, do lado do bar da vaca (Siga la vaca kkk)! Eu, Hellen, Gih, e o Isaque, uma criatura lesada que tirou fotos do evento, e nas horas vagas, fazia piadas toscas e esbanjava sono. Pedimos um frango inteiro assado, o que desde já era coisa incomum pra mim. Depois disso visitamos o bar macabro da Dercy, com aqueles vestidos de lantejoula e as cortinas vermelhas, e as cantoras de cabaré. Como o Isaque ficou com medo de entrar lá, tomamos uma cerveja ali fora mesmo, e só a Helen gastou R$18,00 numa batidinha. Mas no dia seguinte ela nos confessou que havia se arrependido e disse que iria começar a gostar de cerveja a partir daquele dia. Esperamos o metrô recomeçar suas atividades e fomos pra casa dormir. Pra não esquecer, em algum momento o Fabrício Cunha nos levou a refletir muito sobre a nossa história, sobre viver para o outro, sobre perdoar, e ficou marcado que Deus não se cansa de nos dar uma nova chance. Noite de decisões. Bom, além disso fizemos um minuto de silêncio pelas crianças que foram mortas na escola no Rio de Janeiro.

Não acordamos cedo. Hora do almoço, nos aprontamos, e passado mais um bom tempo pro Hellen escolher o casaco, saímos com destino ao Love Festival. Chegando lá, uma menina maluca me parou, perguntando se eu era amiga da Jake, de Rondonópolis. É, era a Leane, da Avalanche Missões Urbanas, e me perguntou pela camiseta, mas vai saber porque pensou que eu conhecia a Jake (mistério). Enfim, pessoas divertidas e inteligentes, ela e o Gabriel. Entramos, e já haviam passado duas bandas. O Eduardo Mano transformou o ambiente numa adoração sincera, foi muito legal, orei, viajei, pensei sobre escolhas. Logo depois entrou a banda revelação do Love Festival, que me levou a balançar as mãos como um mano, cantar alto os refrões e sorrir grande de satisfação! Que música boa, que galera talentosa essa do Crente Crew. A galera lotou o espaço quando a banda Crombie entrou, com suas letras conhecias (Thank God!), espontâneas e gostosas de curtir, balançando o povo e o fazendo cantar alto. Ainda subiu no palco outra banda super esperada pelo povo, Jude Airplane, com sua melodia pouco comum que embalava a galera ao delírio e a dizer para os problemas que eles não são maiores que Deus. Caretas peculiares atraíram minha atenção, e foi engraçado comentar isso com o vocal e baixo da Banda, Davi Aono, ao final do festival. Pra ter chave de ouro, e um dos motivos que mais fez valer a pena a viagem, foi a pregação do Marcos Botelho, que falou sobre a diferença de amor e religiosidade encima da passagem da cura do coxo no tanque, durante a festa dos fariseus. Agradeço a Deus pela sabedoria, criatividade e simplicidade desse homem. No final da noite, com apenas 20 minutos, mas excelentes 20 minutos, a banda Resgate me levou e acho que a galera toda à nostalgia boa de tempos atrás com Rock da Vovó e outras. Os caras curtiram muito, são ótimos profissionais, e arrasaram na adoração. Cumprimentei o Rafael pelo evento maravilhoso, e confirmamos presença para o próximo! Compramos camisetas, claro, não pode faltar. E go balada.

Pegamos o metrô direto pra Paulista! Comemos pizza, salada, sobremesa, e um bom vinho na Bella Paulista. Descemos e subimos a Augusta, conhecendo cheiros, cabelos, estilos, diversidade, marcas, pensamentos, e a nós mesmas. Na Paulista parei a música e tirei foto com o cara da guitarra rosa, e sentada, pude conhecer a outra parte de São Paulo: a indiferença (a primeira é a diversidade). Nos encontramos com uma galera da Vineyard/Capital Augusta e uma galera de Limeira (pessoas maravilhosas, Poly, Helder, a irmã do Isaque, Dan, filho da Bráulia, e um garoto e uma garota super engraçados), comemos e tomamos umas geladas. Depois conhecemos um bar de rock, e um garoto hilário daqueles roqueiros do cabelo emaranhado sentou do meu lado. Mais hilário foi os meninos me chamando pra pegar algo no bar só pra despistar o menino. Conversamos e conhecemos mais coisas, e a hora foi passando, a Helen foi se cansando. Fomos a pé até o Copan, um prédio gigantesco projetado por Oscar Niemeyer. No caminho conhecemos um bordel antigo e um lugar onde os homens entram de graça (que contraste!). A Helen chamou-nos um táxi, nos despedimos da galera, e vamos nós embora!

De manhã nos despedimos, oramos com a Helen e a mãe dela, e pegamos um táxi até a rodoviária. Chegamos a tempo de perder o ônibus! Almoçamos, conhecemos o Memorial da América Latina, e partimos de volta para nossa terra! Que baita experiência, que pessoas e que mundo inesquecível! Pena que o céu de lá nunca será tão lindo e limpo quanto o nosso! Mas deixou saudades, São Paulo...