quinta-feira, 26 de março de 2015

...já não sei mais onde estou.


















Sou toda potência, pouca coisa ato
Ato se fora no passado
Vivo imersa nesse oceano
Aprendi a prender o fôlego por tanto tempo
Que me esqueci que tenho que respirar
Deixei de dar palpite em questões políticas
E fico muito mais quieta em reuniões
Mesmo as que eu chamo


Dentro de mim estão meus pensamentos
Borbulhando a muitos graus Celsius
Sufocando o coração dentro do peito
E quando não aguento mais
Essa angústia extravasa em forma de lágrimas
De desespero
Mas não, ainda não é ato
E, portanto, apenas dá um tempo
Até que volta do sono
E volta a atormentar


A calma se mostra sempre
Fraca, sempre falsa
Não é suficiente
Vejo as idéias saindo de forma tão, mas tão perdida
Não consigo mais me comunicar
A alma está uma confusão só
Me sinto fora do lugar
Do lugar fora do tempo


Expressão de mim é lapso
É lapso de alguém, lapso de mim
Esfarelo-me como jamais quis
Ou pensei
Esfarelam-se os sonhos, a atitude
A iniciativa, o foco e a coragem
E olhando todas essas migalhas ao chão
Sinto o universo me pedir uma postura
Uma posição
Desfaleço e nem choro
Não sei nem por onde começar...