quinta-feira, 30 de junho de 2011

Em defesa da família

Hoje mesmo, lendo um texto a respeito de técnicas psicoterápicas existencialistas, me pus a pensar sobre uma afirmação contida nesse texto. Após explicar detalhadamente as características de vários tipo de intervenções clínicas e linhas de pensamento, conclui-se alguns pontos, e, entre eles, que as psicoterapias devem ser contextualizadas. Concordo. Mais a frente diz que deve ser contextualizada aos novos valores da sociedade (Claro!), e um deles é o fato de que a família não é mais uma peça fundamental básica - propagadora de valores - da sociedade. Não poderia ler esse texto em momento tão oportuno!

Onde foi parar a família? Por que não funciona mais? Se raciocinarmos um pouco, veremos que não há mais fontes de valores na pós-modernidade. Cada sujeito tem seus conceitos a respeito de tudo, e moral se tornou algo, no mínimo, obsoleto. Se a família morre, devemos recordar que a escola, mesmo que não seja assim na teoria, na prática não tem o objetivo de educar moralmente; e a igreja é um lugar onde pessoas que já tem princípios e valores se reúnem. É claro que não deveria ser assim. Mas, infelizmente, como igreja e como escola, historicamente, temos dificuldade de pôr em prática conceitos teóricos. E assim está acontecendo com a família. Vejo pessoas que leem à beça, passam horas aprendendo sobre como criar seus filhos e sobre como seus cônjuges pensam, mas, no confronto com a realidade, escolhem agir com total egoísmo, esmagando toda teoria. Afinal, punir é mais fácil e rápido do que ensinar, como já havia aprendido nas aulas de comportamentalismo.

No entanto, precisamos despertar como família, precisamos nos responsabilizar de nossos papéis como mães, pais, filhos, irmãos, etc. É PRECISO EDUCAR! Já dizia uma música de composição de Arnaldo Antunes, com Marcelo Fromer e Sérgio Brito: "a gente não quer só comida | a gente quer comida, diversão e arte. | a gente não quer só comida, | a gente quer saída para qualquer parte." É preciso educar, investir, orientar, não apenas colocar comida na mesa. Não é utopia! Ninguém é capaz de mudar o passado, mas pode aceitá-lo, e mudar o presente, pra que o futuro seja melhor. Assim também podemos fazer com os valores. Não há famílias burguesas mais bonitas, onde é mais fácil se falar disso. Todos são capazes de mudar, pelo menos, o que pensam, e deixar uma herança positiva para as próximas gerações.

Mesmo que negativamente, a família ainda é sim base da sociedade. E precisamos investir nela, precisamos levantar sua bandeira, e defendê-la com unhas e dentes. Os combates emergenciais ao uso do crack, à pedofilia, à destruição ambiental etc. são válidos. Mas não mudarão o futuro. Devemos nos voltar para a raiz dos problemas, e também das soluções: a família. É nela que se aprendem valores e princípios que darão um novo futuro ao mundo. É a família a esperança de um futuro melhor. Erga você também essa bandeira de defesa da família!

Luma Strobel de Freitas

Um comentário:

  1. Putis.. é isso ai.. muito massa Luma. Precisamos mesmo erguer essa bandeira e defender a família...

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