quinta-feira, 30 de junho de 2011

Acaso


Eu me pergunto até quando?
E me pergunto de que me adianta perguntar.
Se eu vou esperar, mesmo que nunca venha a acontecer.
Afinal, a certeza não se faz do que se vê.
A certeza nasce do coração, nasce das palavras ("Eu nunca vou desistir de você").
Assinamos decretos quando proferimos palavras, e é assim que deve ser, as palavras devem ter valor.
Elas não podem ser simplesmente ditas ao vento, no calor do momento.
Pessoas especiais, que não se importam em ser iguais, ou mesmo normais, fazem das palavras sua casa, seu navio, e seu chuveiro, onde vão se banhar.
Palavras tem o poder de levar longe, e trazer de volta.
Acho mesmo que essas palavras tem tanta vida, porque estão entupidas de amor.
Eu me acabo de amar, eu me entrego à minha dor, e sou feliz.
Preferiria mil vezes amar, na certeza de um amanhã cego, a estar só.
Se meu destino é caminhar sozinho, caminho até encontrar-me com os teus passos no chão.
E a vontade, o desejo, e a velocidade das batidas do coração, mesmo que seja apenas isso, já valeu, já valeu apena.


Boa noite.

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