segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sobre o dom supremo


Se fosse pra falar de amor
Escreveria sobre as coisas simples
Cantaria o cheiro do café pela manhã
E o cuidado de fazer sorrir a quem se quer bem
Se pudesse descrevê-lo
O atribuiria àquele homem barrigudo a quem chamo de pai
E à mulher que cuida, minha mãe
Compararia-o à expectativa de se alcançar o que se deseja
Ao correr de um portão quando se chega em casa
Mas mesmo todas as palavras e descrições não o definiriam
Como já fora dito

Quem é que foi que fez todas as palavras?
Quem é que criou o amor pra que não o pudéssemos descrever?
Quem é que se assenta nas nuvens e tem a terra por estrado a seus pés?
Se não o próprio amor, não sei...

Quem foi que disse que fé se aprende?
Se não podemos tocar o amor, enquanto isso seria limitá-lo
Só posso concluir, então
Que o único caminho para o amor é mesmo a fé
Se para muitos é loucura, me permito ser chamado de louco
Por crer no que espero, e ter a certeza do que ainda não posso ver.

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