domingo, 11 de abril de 2010

Céu e Mar

Abraços são azuis. Porque tudo o que é azul é tão vasto, tão infinito. Tudo o que é azul, quando admirado, invade a paz, desorienta os sentidos e pára o tempo. Diante do azul me perco em mim mesma, me perco nos braços do mundo, me cubro com os olhares de Deus. Agregada com o azul, há em mim um forte e reluzente sentimento de segurança, onde nasce seu irmão, o verde, verde natureza, verde vida, esperança. Abraços são azuis porque as condições adversas não impedem o calor, calor da vida e satisfação. São azuis porque não lhe arrancam a consciência, mesmo te levando a sonhar. No azul estou no céu e estou na Terra, estou em mim e estou em seu coração. Infinito mais bonito, rara calma, perfeito abrigo. E o azul, por fim, é liberdade. Um abraço é queda-livre, e pára-quedas também. Assim como o azul.

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