Eu nunca pensei que teria que ouvir canções e frases sobre não deixar de acreditar no amor. Eu jamais imaginei que minha mãe seguraria forte minha mão e me pediria para não desistir do amor.
Ultimamente venho tropeçando e me levantando, esperando que o próximo dia me traga um pouco de esperança, que me faça crer.
A fé se esvaiu em meus sonhos, a fé na vida não tem o mesmo encantamento.
Vivo fazendo coisas que me relembram a fé, vivo repetindo as atitudes que ela tinha em mim.
Mas as atitudes não geram mais efeitos.
Vivo apenas pelo fato de que sei que não está tão longe.
E que, um dia, me surpreenderá.
Pode ser que isso pareça fé, mas é só o último suspiro da minha alma gritando por amor.
Amor que não vejo, amor que não sinto, amor que não sei mais como demonstrar.
Talvez seja o preço que se pague por não saber lidar com o muito que se quer.
Quando se quer muito, requer-se saber vivê-lo.
Mas disso eu não fui advertida.
Não soube lidar com o tudo que tinha e traí minhas convicções. Traí meus sonhos e amigos, traí meu próprio coração, pois não o segui.
Me deixei ser sugada e cuspida pela pressão de muitos, ao invés de olhar pra frente.
E cá estou, me resta tudo o que queria viver, mas hoje sem o coração que queria.
Me resta apenas olhar tudo isso pela janela, e não poder provar de verdade, porque me falta a totalidade de mim.
Insalubre, pequena, inútil, assim me sinto.
Tão pequena, como um grão, que está plantado e morto, e acalentado dentro da terra.
Esperando germinar.
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